Na segunda feira passada retornamos a Pinacoteca para dar continuidade ao processo de formação. Desta vez tivemos uma palestra com a Mila sobre Arte Contemporânea onde ela propôs algumas provocações.
Falou sobre a hipérpoca que vivemos com suas angústias e inquietações.
Sobre a quantidade de dados que geramos diariamente, se isso é realmente necessário e como acessar esses dados de forma produtiva.
Fiquei intrigada ao saber que o Brasileiro passa em média 45hs em média por semana utilizando a internet enquanto a maior parte do mundo fica em média 22,4hs.
Diante de tantos números colocou-se a pergunta: Qual o valor ou importância de fruir a arte nesta época?
Interessante que somos bombardeados constantemente por imagens, mas mesmo as pessoas compreendendo e assimilando essas imagens no seu dia a dia tem dificuldade em realizar essa mesma leitura quando se trata de trabalhos de arte e aceitá-las.
Sendo assim qual o diferencial da imagem da arte para as outras imagens?
Porque a arte é inaltecida se não vale nada para a maior parte da população?
Dinate disso Mila propôs uma classificação para que pudéssemos estudar melho o público que visita os museus.
O que infelizmente foi mal interpretado por alguns que não aceitaram tal classificação.
Mas eu me pergunto como estudar sem classificar as idéias e pensamentos a fim de ordenalos.
Uma das questões que eu acho interessante é que a arte é capaz de nos identificar ( nosso tempo e valores ) independente de nossa vontade ou gosto.
E que nem todos veêm a mesma coisa na mesma imagem pois Ver é algo Interpretativo.
É impresssionante como tem aumentado muito a quantidade de museus em nossa época.
Talvez porque nunca houve uma velocidade de informações tão grande como agora e justamente por isso se esses objetos não forem preservados parte da história se perderá.
Acredito que os museus devem ser espaços referênciais das memórias dos grupos.
Agentes catalizadores e Socializadores do conhecimento.
Locais onde o passado e a história podem funcionar como suporte para o debate das questões cruciais das comunidades, instrumentalizando-as para o exercício de um senso crítico da sociedade contemporânea.
Ao meu ver ser educadora em um museu ou em uma escola tem a mesma importância.
A diferença é que na escola você tem um contato diário ou semanal com o alunos e isso possibilita uma continuidade no trabalho a ser realizado e a educação informal tem um caráter não cumulativo, realizado em uma única visita.